Facebook e Google estão entre as empresas que beneficiaram desses dados, devassando a falsamente prometida privacidade e confidencialidade de dados tão íntimos como o decurso do ciclo menstrual, a vontade de engravidar ou a atividade sexual.
Aliás, era o próprio Facebook que fornecia à Flo Health a ferramenta de software que assegurava o acesso instantâneo a todos os dados que as mulheres inseriam. Pior, essa ferramenta do Facebook permitia rastrear continuamente as utilizadoras na Internet, nos seus vários terminais de acesso e nos diversos portais ou aplicações a que acediam, mesmo não tendo conta no Facebook.
Tratou-se, segundo a Ius, de uma conduta intencional e massificada, assente na violação da promessa às utilizadoras de que a sua informação não seria partilhada com terceiros e que se destinava apenas e tão só ao funcionamento da aplicação, ou seja, permitir acompanhar o seu calendário de ovulação e menstruação, atividade sexual e planos para engravidar
A todos os cidadãos e cidadãs, independentemente do género, credo, raça, orientação de pensamento ou de escolhas pessoais, é devido o estrito, cabal e efetivo respeito da privacidade e a exclusão de qualquer forma de devassa.